Em meu trabalho priorizo a alimentação viva,
na forma crua como base de nutrição e vitalização. Quanto à soja, sou a favor
da utilização moderada e consciente a partir do correto preparo. Importante
registrar que o excesso na ingesta de qualquer alimento amplia seus malefícios.
Penso que tanto os críticos quanto os
defensores da soja tenham razão. Veja que a maioria das toxinas dessa nobre
leguminosa encontram-se na casca, na película externa do grão que deve ser
retirada em todos os preparos à base de soja, sem exceção. O ato de retirá-la
garante um consumo mais saudável. Mas se não retirarmos a película daremos
razão aos críticos. Trago essa experiência de mais de 20 anos de trabalho com
comunidades carentes e utilização com meus filhos. Não temos em casa nenhum
problema de saúde. Também desconheço nas comunidades que assisti qualquer
problema comprovadamente associado à soja. Esse grão, por seu baixo custo,
versatilidade culinária e alta nutrição, é incomparável ferramenta no resgate
da fome do Brasil.
Por ser a mais nobre leguminosa é a que
também oferece mais perigos!
Maravilhoso observar este modus operandi da natureza que coloca
defensivos naturais em certos alimentos para que os insetos não deixem pessoas
com fome! No caso da soja isso é bem claro. A presença dos ácidos fítico
(fitato) e oxálico (oxalato) serve para prevenir contra ataques de insetos e
animais que tenham noção de perigo! Porém, retirados os venenos, temos uma
dádiva da natureza que vai promover saúde e prevenir doenças, entre elas, uma
das mais perniciosas chamada fome. A soja consciente é uma das melhores fontes
de isoflavonas e fitoestrógenos.
A soja
um dos tesouros da Ásia e trata-se de alimento sagrado para muitas
civilizações. Nos países consumidores de soja praticamente não encontramos
osteoporose enquanto nos consumidores de leite de vaca há verdadeiras epidemias
desse mal. É verdade que chineses e japoneses, por exemplo, só consomem soja na
forma fermentada (tofu, tempê, shoyu, missô), que recomendo a todos. Os bifes e
outros preparos a partir do grão e da proteína texturizada, como já disse,
devem ficar restritos a ocasiões especiais e não como substituto à carne animal como fazem
muitos vegetarianos.
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